Sujeito

Compra ou não o caminhar?
Faz uma marca no braço pra lembrar alguma coisa,
Mas esquece o que seria lembrado...
Investe na pesquisa de um cigarro que não adoeça,
Com o capital da publicidade anti-tabagista...
Comemora as vendas aos saltos e deboches amigáveis,
Com a caixa de mercadoria vazia em riste...
Nos dias de verão crises de insônia,
Nos de inverno perde a hora...
Esquece do seu time, torce para o juiz,
Só, tão somente só, nada além que só, acerte...
Tem nove amores, imaginam?
Nove amores diferentes...
Perde um que foi buscar conforto,
E começa a provar que tudo está ao seu alcance...
Nos dias de pindaíba, no cata-cata de moeda,
Surge a dose de cachaça, com ela o vento...
Começa a duvidar do quão quente é o sol,
E se oferta de cobaia numa viagem noturna...
Na segunda Arca de Noé, a dos super humanos,
Canta um inglês defeituoso, esse é seu poder...
O tempo é socialização, dias, meses, anos,
A andorinha 8, o lobo 18, a raposa 20...
Esqueceu o escambo, moeda, só quer amigos,
Seja qual for a tribo, a busca é por influências...
Conhecer cada lugar, cada buraco, cada pessoa desse,
Viver, ler, ouvir, trabalhar... morrer...
O sujeito compra, vende, recebe e paga,
Honra o prato de comida e seu telhado...